Monday, April 06, 2009

poeira



já não sei mais sorrir.
minhas vestes antes brilhantes,
agora são um fino trapo de vida.
nutro a esperança,
de uma forma insana.
Me vejo nua.
Ja não me servem mais.
Prefiro me vestir de lua.
Os sentidos me trairam.
minha luz turva no reflexo,
abre-se no vácuo do tempo.
Se não há sorriso,
lágrimas!
de pura transparência
nos sentidos cegos,
já não ecoam como antes.
Se me perdi,
foi por esquecimento.

da minha alma,
do meu sangue,
das minhas vestes.

ARCtti

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