Wednesday, August 27, 2008

luz

a luz,
um encontro.
aparentes limites
me envolvem...
na penumbra danço
no colorido
da noite...
ARCTTi
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Tuesday, August 19, 2008

devaneios



Tudo é incerto nesta vida! Não há garantias. E assim deve ser.
Mas basta um minuto de sol, para aquecer este coração.
Estou entre a loucura e o desacato às regras. De mim,
só basta saber que acredito, no maior e mísero sorriso.
Naquele olhar que fala ao extremo. Se me engano
ou se minha palidez reage ao inesperado. Ah! É inevitável.
Cada segundo, a vida muda, e isto por certo é viver.
Não me refugio nas margens de algum rio.
Hoje sou vento, viajo aos limites do inesperado.
E deve ser assim. A estranheza me percorre as veias.
Sou fogo que se eleva à medida do vento.
Ás vezes brando, ás vezes uma tempestade.
Conheça-me um pouco e saberás que nada sabe.
Porque me visto de mistério.
Visto a cor do dia, visto a cor da noite.
Meu mundo não para, até em sonhos se torna presente.
e neles eu me dispo, da cruel razão...
Sinto-me na margem de algum rio prestes a mergulhar.
E lá no fundo me encontro, a espreita!
Flutuo nas águas cristalinas...
Sou de pétalas jogadas ao vento.
Talvez, num piscar de olhos o vento...
ARCTTIi


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devaneios


Asco ou fascínio? Fico me perguntando que dimensão se encontra a beleza?
Que é beleza! Tão simples? Algo que agrada, mas aos olhos de quem? Será um convite? Apelo ao nosso julgamento? Um corpo belo, uma estrutura óssea perfeita. E, em fim que é a perfeição? Somos imperfeitos por natureza. E assim seremos. O indiscutível se fundamenta no ego. Maior inimigo, causador de loucuras. Existe o feio no bonito e assim o bonito no feio. Não há regras para quem procura um olhar. E este é singular, embora, às vezes dominado por pseudo olhares, que se tornam comparativos. Não existe comparação, ao menos não deveria. O que se torna feio é a crueza da alma por certo. Indecifráveis seres imperfeitos. Julgamentos que são efêmeros, porque ora! Somos seres plurais e singulares. Ninguém é igual a ninguém. O que difere é a natureza intrínseca de cada ser. O que te faz belo? Não é a rispidez da casca. Mera embalagem, que o tempo consome. Num estado de embriaguez, somos portadores de severas leis sobre a aparência. Este mundo parece um jogo, um simples e complexo jogo. Não deveria ser assim! Temos muito a aprender, talvez, ver com outros olhos! Ou mesmo, fechar os olhos e enxergar de fato a realidade. Vemos o que queremos, ilusões, portadoras de um mundo invisível.
ARCTTi
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Vida


Fechei meus olhos,
no silêncio do tempo...
senti o vento,
senti a chuva...
Aqui estou, mas não estou.
Viajo pela noite,
num sopro de nuvem.
vou e volto,
percorrendo instantes,
vácuos de sentir.
Fecho os olhos e vejo,
ela me pega de surpresa.
e assim de mão dadas,
fecho os olhos....
ARCTTi
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Wednesday, August 06, 2008

onde....


Hoje, agora, olho para o lado.
Vejo só vazio, não estou em mim.
Traço linhas num espaço em branco.
minhas mãos rasgam a textura da tela,
como pele, que arranhada, grita!
Não estou em mim...
Hoje, me vejo... suspensa... pairando.
Que destino me reserva.
Um.
Apenas uma alma a vaguear pelo inexistente.
é uma estado, um momento...
mas que perdura.... será ao infinito?
Sinto um fio tênue.... que liga a algo.
O inesperado.
Um artista insólito...
vagueia.... pelas esquinas escuras.
Continuo a contemplar o vazio...
e se sucede... visceral.
Não estou em mim....
hoje não.... que lástima precinto?
que esperança maldita me vem...
Meu coração é um sangrar de vazio.
Olho para o lado... e nada.
só sombras...
De passado ou de futuro?
Hoje me perco de mim....
não há nada a esperar....
que me ilude... esperar.
Meu tormento, por um instante!
Um vácuo, talvez de alegria....
efêmera.
muitas vezes.... fugaz!
não estou em mim.
Onde estou? quem sou?
uma alma a contemplar somente....
por Deus onde estou?
vazio....
Será a alegria um engano?
felicidade!!! utopia do meu destino...
Vagueio pela noite....
será corpo ou será alma?
onde se encotram neste mundo....
Hoje não estou em mim....
Algum alguém usurpa meu eu....
minha vida se perdeu de mim....
um vendaval ou um mistério....
sou assim.
ARCTTi
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Sunday, August 03, 2008

tempo

nas veias corre o sangue.
minhas raízes penetram na terra
a energia se eleva
e sinto em minhas mãos o céu.
me faço a cada dia.
E se incerta é a vida,
posso e acredito nas possibilidades infinitas
que transcendem o espaço invisível,
num só pulso numa só batida,
estampada no rosto a força
impenetrável
transcendendo os próprio limites
há sempre uma batalha,
somos nós dois efêmeros.
e indiscutivelmente eternos.
ARCTTi
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