
Por certo ainda, em dores não curadas.
O vento a soprar cintilante.
Espaços inabitados dentro de um vazio efêmero.
Passos lentos.
A pele arde pela ausência,
Numa solidão plantada pela dor de outrora.
Gesto obtuso se esvai, na tentativa
Inútil de não sofrer.
Numa outra paisagem,
Numa outra estação.
O frio se incorpora às cores dos olhos.
Mas o interno, sempre o calor do fogo.
Não se esvai.
Nunca.
Os sabores da lembrança,
Guardados na alma.
Cravam na pele, a delícia de sempre,
Inconfundivelmente amar.
ARCtti
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