23 de novembro
formigas no paralelepípedo
Olhos que às vezes tocavam o chão
por entre as formigas no puro paralelepípedo,
outras, percorria os deslizes das nuvens
que apavoradas com o vento de final de tarde,
se amontoavam abraçando-se umas nas outras
como um “q” de incesto inocente.
....
A palavra dita razão não lhe serve hoje,
Buscou por entre as linhas a razão de seus escritos,
só o que queria era compartilhar as formigas e as nuvens...
afável silêncio.
inquietude do vento...
solitário som translúcido da noite
...
na luz sonoramente vermelha, deslizou seu olhar
silenciosamente reparando os olhos verdes...
As vozes silenciaram, a música translúcida
fazia o corpo dançar.
e ela imóvel... permaneceu absorta naquele instante.
Só ouvindo seu coração pulsar.
Arctti
...
*
o silêncio
um
quase um arrepio
uma gota se perdeu no oceano
estrela veio buscar
mas...
onde escondeu?
nada a fazer.
suspiro...
...
15 de outubro
Escutar o silêncio do outro
“Capazes de insuspeita delicadeza”
*
Percorro as esquinas com os olhos da noite.
Na despedida do sol, um afago de lua...
*
Negaram-me a possibilidade de gritar.
Não impede que meu silêncio seja ouvido.
subscrevo-me.., no desengano, a certeza,
minha alma ainda diz,
ainda grita...
não se cala.
Arctti
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